Refere-se à leitura enquanto prática constitutiva da atividade tradutória, concebida como um processo heurístico, analítico e interpretativo realizado pelo tradutor ao longo das etapas de pré-tradução, tradução e revisão. Envolve a ativação de conhecimentos prévios, formulação de hipóteses, seleção de estratégias e construção de sentido a partir de pistas linguísticas, textuais e contextuais. Segundo Silva (2020), a leitura, nesse contexto, não é apenas instrumental, mas uma instância de apropriação e reformulação do texto-fonte, situada na materialidade e na cultura. Pode englobar também aspectos paratextuais, visuais e editoriais relevantes para a decisão tradutória.
SILVA, Ana Elisa Alves da. A leitura como prática tradutória: estratégias de leitura em traduções comentadas de obras infantis. 2020.