Os Apócrifos do Novo Testamento são textos religiosos que foram escritos durante o período cristão primitivo, mas que não foram incluídos no cânone oficial do Novo Testamento pela maioria das tradições cristãs. A palavra "apócrifo" vem do grego apokryphos, que significa "oculto" ou "escondido". Esses textos geralmente incluem evangelhos, atos dos apóstolos, epístolas e apocalipses que circulavam entre os primeiros cristãos, mas que, por diversas razões, não foram reconhecidos como inspirados ou autênticos pela Igreja quando se consolidou o cânone bíblico.
Os apócrifos do Novo Testamento podem ser divididos em várias categorias:
Evangelhos Apócrifos: Esses são relatos da vida de Jesus que não estão incluídos nos quatro evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João). Exemplos incluem o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Pedro e o Evangelho de Maria Madalena.
Atos Apócrifos: Narrativas que contam as atividades e os feitos dos apóstolos, como os Atos de Paulo e Tecla e os Atos de Pedro.
Epístolas Apócrifas: Cartas atribuídas a figuras apostólicas que não fazem parte do Novo Testamento, como a Epístola de Barnabé.
Apocalipses Apócrifos: Escritos que descrevem visões e revelações sobre o fim dos tempos, como o Apocalipse de Pedro e o Apocalipse de Paulo.
Os apócrifos não são considerados parte da Bíblia pelos principais ramos do cristianismo (catolicismo, ortodoxia e protestantismo), embora possam ser lidos como literatura religiosa ou histórica. Eles oferecem uma visão das crenças, práticas e tradições de diferentes comunidades cristãs dos primeiros séculos e são frequentemente estudados por historiadores e teólogos para entender melhor o desenvolvimento do cristianismo primitivo.
Algumas dessas obras foram valorizadas em certas comunidades cristãs antigas e até influenciaram a teologia e a espiritualidade, mas foram eventualmente deixadas de fora do cânone bíblico devido a dúvidas sobre sua autoria, autenticidade, ou concordância com a doutrina estabelecida.