O termo "recursos gráficos" não deve ser utilizado isoladamente como termo do Vocabulário Controlado dos Estudos da Tradução. Justifica-se essa decisão porque "recursos gráficos" é um conceito amplo, aplicável a diversas áreas, como design, publicidade e comunicação, sem uma conexão clara e específica com as práticas tradutórias. Seu uso isolado pode gerar ambiguidade e comprometer a precisão na indexação.

Para tornar o termo relevante no contexto dos Estudos da Tradução, recomenda-se o uso de qualificadores que delimitem seu significado e aplicação. Exemplos incluem:

• recursos gráficos em tradução audiovisual (focando na utilização de elementos visuais em legendagem ou dublagem)
• adaptação de recursos gráficos na tradução técnica (especificando a transposição de gráficos em manuais e textos técnicos)
• recursos gráficos na tradução editorial (delimitando o uso de elementos visuais em publicações traduzidas)

Esses qualificadores garantem maior clareza e precisão, tornando o termo mais útil e específico para os Estudos da Tradução, evitando ambiguidades na indexação e facilitando a recuperação de informações.

KFOURI, Ana Lúcia da Silva. "What mouse, George? I ain't got no mouse.": traduzindo marcas de oralidade em Of Mice and Men de John Steinbeck. 2020. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.8.2020.tde-05102020-161003